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Eu preciso sentir a tua pele,
Roubar os beijos doces da tua boca,
Fazer do teu corpo o meu papel,
Escrever poesia tirando a tua roupa,
Desenhar o desejo no teu olhar,
Cantar as melodias no teu ouvido,
Não ser um sonho que vais acordar,
Ser a saudade do teu doce gemido.
Eu preciso do teu amor bandido,
Do teu querer louco da paixão,
Escutar esse teu grito sem dor,
Ser o teu céu,
Muito além do paraíso,
Guia-me nesses teus caminhos da perdição,
Leva a minha mão sem pudor,
Ver na tua pele o bater do coração,
Ver nos teus olhos a fogueira da vida,
O teu toque solta em mim o vulcão,
Tenho sede,
Não de agua,
Mas dos rios do teu desejo,
Mergulhar até o teu corpo delirar,
Beber esse teu mel da paixão,
Dois corpos que fundem,
Duas fogueiras que se consomem sem fim,
É muito mais que desejo ou tesão,
É canção que se fez poesia,
Ainda escuto o bater desse coração,
E os teus olhos,
Ainda iluminam as noites frias!
Original de: Firmino César Gonçalves
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