sábado, 23 de março de 2013
“À PORTA DO CORAÇÃO”!
Tranquei a porta do meu coração,
Por favor não a forçar,
Não é por mal a minha razão,
É o invernar da minha dor,
Cansaço de tanto dar,
E de nada ter,
Não te vás embora por favor,
Pois nada pedirei eu em troca,
Deixei aí um quentinho cobertor,
Não tardarei a abrir-te a porta.
Das minhas dores não tens tu a culpa,
Por isso peço-te já o perdão,
Sou Humano,
Cansei da minha luta,
Das tantas vezes que eu fui ao chão.
Não ligues aos meus lamentos,
São as feridas muito mal curadas,
Já foram tantas batalhas vencidas,
E hoje só guardo aqui os sorrisos,
Já esqueci os rios das minhas lágrimas.
Obrigado por ficares aí à espera,
E usares esse velhinho cobertor,
Desculpa,
Mas hoje fui eu o egoísta,
Não foi para aguardares quentinha,
Ficaste,
Para curar a minha dor!
Original de: Firmino César Gonçalves
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