Hoje estou meio outono,
aquele estado de nem sol,
nem chuva, nem sorriso, nem tristeza,
cinzento mas nunca negro,
mas sem o brilho de outras tardes,
sinto falta de tudo e ao mesmo tempo de nada,
não estou feliz mas não chego à vontade de chorar,
tal como no outono sinto a brisa da vida,
aquele vento gostoso que bate no rosto,
e dá vontade de abrir os braços e voar com ele,
ser livre, ser louco e ficar sem rumo,
mas com destino,
mas como o outono nessa hora,
vem um lampejo de realidade que pé no chão e siga o caminho,
hoje estou assim,
estou tudo e estou nada,
mas sempre vivo, sonhador,
com fé na vida e nos meus sonhos,
costumo vender( sem cobrar nada) sorriso,
mas hoje preciso comprar algum sorriso para iluminar esta alma cinzenta,
eu que já dei colo e ombro hoje não seria um bom lugar,
mas um bom colo seria bem-vindo,
sem perguntas, um silêncio gostoso,
apenas um olhar que mudaria tudo,
mas por incrível que parece não estou triste,
momentos assim são os únicos em que me sinto Poeta,
pois o que conheço de alguns Poetas,
é que são loucos a sentir,
e mudavam de humor várias vezes ao dia,
não que estivessem tristes,
mas porque bebiam da alma
e ela é indescritível nos sentimentos e humores,
mas sempre inspirados,
sempre a sonhar e amar como ninguém,
sem medo, então hoje estou em "Dia Poeta",
nem triste, nem alegre,
um fulgor de sentimentos inexplicáveis,
mas vivo, louco feliz sempre,
mas hoje a minha estação é o "OUTONO POETA"!
Sejam bem-vindos ao meu mundo,
o mundo sem horas marcadas,
mas com sentimentos reais,
sem mascara,
e sempre com um amanhã melhor que o hoje :)!
Original de: Firmino César Gonçalves
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